sexta-feira, janeiro 07, 2011

Do Alentejo

Maurice Maeterlinck:
- Reparei que ao logo das estradas nos saudavam frequentemente, que algumas vezes, por gestos, sentados à sombra dos sobreiros, nos convidavam a partilhar as suas refeições, que não hesitam em deixar os seus afazeres para indicar o caminho ao forasteiro e que são amáveis gratuitamente, sem a ideia oculta da gorjeta. Reparei também que um pastor me tirou o chapéu porque fiz uma travagem brusca para não atropelar o seu cão! Não, meus amigos, a civilização não está nas máquinas, nos arranha-céus, nos aviões; está na alma, na poesia, no sentido de Eternidade de um Povo.
Fernanda de Castro, “Ao Fim da Memória I 1906 – 1939”

Sem comentários: