Azémola de moleiro,
com mais manha que o amo, para
avançar havia de escolher o piso, ladeando os desníveis do terreno, e porfiando
a todo o transe na verdade matemática de que mais segura que a recta é a linha
curva.
E se eu tinha
descuido em tangê-la, ternamente se ensimesmava em contemplação, detendo-se de
orelhas em riste para um campo que verdejasse, ou pondo-se a tosar os jactos de
junquilhos, que a mão graciosa do Criador plantara pelos andurriais para os
nossos humildes irmãos, segundo a lírica franciscana. Outras vezes,
suspendia-se a calcular a operação duma subida, até que eu incentivasse com um
irosíssimo: anda, azémola do demo!
Aquilino Ribeiro, “A Via
Sinuosa”
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