Em
alguns territórios africanos a administração colonialista proíbe a exibição de
películas onde o homem branco apareça em nível ou papel inferior ao do homem
negro. Assim simples documentários de encontros de boxe, onde o louro e branco
é derrotado pelo seu adversário negro, são interditos. A indústria de televisão
foi proibida na África do Sul por tornar possível uma «intimidade» exagerada e
incontrolável entre brancos e negros, podendo aqueles entrar em casa destes e
podendo os últimos «possuir» e «desfrutar», ainda que apenas espiritualmente,
as mulheres brancas que o pequeno écran lhes levaria a casa.
Alfredo
Margarido, “Negritude e Humanismo” (1964)
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