«Normalmente»,
disse ele [Antonino Melo, alferes, comandante das tropas que coordenou e
executou esta operação militar], «deslocávamo-nos até à zona… e limpávamos tudo
isso.» Era
simples. «Para poupar balas, metíamos as pessoas dentro das palhotas,
atirávamos uma granada para o interior, trancávamos a porta e pum!» O telhado
de capim era projectado no ar, deixava sair o ar quente e sugava oxigénio
fresco, tornando a cair e incendiando tudo. Os que não morriam no momento da
explosão, pereciam no incêndio.
Mustafah
Dhada, “O Massacre Português de Wiriamu – Moçambique, 1972”
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