sábado, julho 22, 2017

O massacre português de Wiriamu - Moçambique, 1972


«Normalmente», disse ele [Antonino Melo, alferes, comandante das tropas que coordenou e executou esta operação militar], «deslocávamo-nos até à zona… e limpávamos tudo isso.» Era simples. «Para poupar balas, metíamos as pessoas dentro das palhotas, atirávamos uma granada para o interior, trancávamos a porta e pum!» O telhado de capim era projectado no ar, deixava sair o ar quente e sugava oxigénio fresco, tornando a cair e incendiando tudo. Os que não morriam no momento da explosão, pereciam no incêndio.
Mustafah Dhada, “O Massacre Português de Wiriamu – Moçambique, 1972”

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