Como a tarde
começava a refrescar, ela pôs-se a desdobrar a roupa que estava empilhada em camadas
alternadas com cinzas e camas de folhas cozidas, que ela retirava com uma
colher de pau.
- São precisas
cinzas bem peneiradas, muito finas. Nada de carvão, claro: sarmentos, cascas e
caruma de pinheiro. Para lavar. As ervas são o loureiro, o funcho, a hortelã
verde e o limão cortado, que às vezes deixa umas marcas amarelas, mas não há
nada melhor para desinfectar. Agora vou estender tudo isto na relva, por detrás
das cameleiras. Hoje é noite de lua cheia que, para tirar as nódoas, é melhor
do que o sol.
Suzanne Chantal,
“Ervamoira”
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