Sustado no meio do
seu desenvolvimento, Portugal nunca pôde na administração pública compensar a
receita com a despesa, nem economicamente estabelecer o equilíbrio entre a
produção e o consumo, de forma a tornar-se um organismo, satisfazendo-se todas
as exigências da vida social. Por isso, sucedem-se amiúde as catástrofes que a
população expia em silêncio; por isso, os melhores tempos são sempre duma
prosperidade aparente, porque dependem de condições fortuitas, fora da sua
acção.
Alberto Sampaio, “Ontem e
Hoje”, 1892
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