terça-feira, fevereiro 12, 2013

Ontem e hoje


Sustado no meio do seu desenvolvimento, Portugal nunca pôde na administração pública compensar a receita com a despesa, nem economicamente estabelecer o equilíbrio entre a produção e o consumo, de forma a tornar-se um organismo, satisfazendo-se todas as exigências da vida social. Por isso, sucedem-se amiúde as catástrofes que a população expia em silêncio; por isso, os melhores tempos são sempre duma prosperidade aparente, porque dependem de condições fortuitas, fora da sua acção.
Alberto Sampaio, “Ontem e Hoje”, 1892

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