Por vezes
precisamos de um forasteiro para reconhecer o valor das nossas coisas. Eu não
precisava de um forasteiro para valorizar a paisagem, mas precisava de um que
me conseguisse fazer ignorar a fealdade da arquitectura maison style ou suburbana dominante nas terrinhas do Douro. O Nik
nem via o mau gosto das construções e das ruas, de olhar preso no rio, nas
encostas, nos socalcos, e certamente um pouco cego pela intensa luz solar.
Rui Ângelo Araújo, “A
Origem do Ódio – Crónica de um Retiro Sentimental”
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