quinta-feira, dezembro 03, 2009

Um dia o petróleo...


Entretanto, a natureza, tão pródiga de ordinário, não soterrou as preciosas florestas para um consumo que deveria compreender alguns milhares de anos. Um dia a hulha há-de faltar – é caso averiguado. Se algum novo combustível não vier substituir o carvão, as máquinas do mundo inteiro hão-de fatalmente ver-se expostas a uma forçada paralisação. Dentro de um período mais ou menos remoto, desaparecerão os jazigos carboníferos, restando apenas aqueles que na Gronelândia e nas proximidades do mar de Baffin existem debaixo de uma camada de gelo, cuja exploração é quase absolutamente impraticável. Eis a sorte que não se pode evitar.
Júlio Verne, “As Índias Negras”

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