domingo, janeiro 15, 2012

Doiro de água...

Figueira da Foz, 20 de Agosto de 1939 – Não, eu não posso viver à beira-mar. Porque, das duas uma: ou me fico pasmado, parvo, de boca aberta diante deste Doiro de água, ou enlouqueço a sentir bater a minha pulsação angustiosa desta massa imensa. No primeiro caso, sinto-me morrer de imbecilidade; no segundo, estou sempre de mão no pulso a ver quando o coração se cansa.
Miguel Torga, “Diário I”

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