Os rios em Portugal
eram belos e selvagens, um exemplo para a juventude, corriam livres e
esbanjavam tudo na Primavera, para desaparecerem entre as pedras no Verão. Até
que saiu um decreto para conter o esbanjamento dos rios nacionais – Temos de
impor um certo grau de civilização aos rios, um rio que queira circular no
território europeu terá de cumprir as regras da boa gestão dos recursos. Vamos
adoptar o sistema: um rio – duas barragens. Será a marca da democracia em todos
os rios, até nos mais recônditos vales construiremos as infra-estruturas a que
todos os rios têm direito num país civilizado. Os nossos rios ordenados serão
um grande motivo de orgulho.
Tiago Patrício,
“Checoslováquia”
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