no santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Vi uma velha fazer de joelhos todo o percurso da alameda, amparada a um pau, com uma vela e um rosário, em suor, linda, exausta, muda, rezando baixo, com os joelhos em sangue que já tinham rasgado a estamenha da saia, e as pontas em bico dos seus tamancos de pau deixavam na areia dois ziguezagues de riscos, que eram os hieróglifos da sua vida de miséria.Fialho de Almeida, “Galiza, 1905”
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